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Sucessor do Hubble, o Telescópio Espacial James Webb está prestes a ser lançado

Confira os detalhes da preparação do Telescópio Espacial James Webb para seu lançamento, projeto de US$ 10 bilhões que promete enxergar mais longe no espaço e no tempo do que qualquer outro.
Telescópio Espacial James Webb

Uma das fotografias de Chris Gunn, que acompanhou os trabalhos de preparação do Telescópio Espacial James Webb. Crédito Chris Gunn/NASA/Scientific American

O Telescópio Espacial James Webb, ou JWST, é um projeto conjunto da NASA, da Agência Espacial Europeia e da Agência Espacial Canadense. Quando for lançado, no fim de dezembro, será o maior e mais importante observatório da Terra — ou do espaço, na verdade —, especializado em observar no espectro do infravermelho.

Com sua tecnologia de ponta, ele deve substituir o Telescópio Espacial Hubble, carro chefe das observações espaciais lançado pela NASA em 1990. Assim como seu antecessor, é esperado que o Telescópio Espacial James Webb aprofunde nosso entendimento do Universo, rendendo imagens impressionantes. Dentre suas muitas funções, o JWST deve alcançar as camadas mais profundas da atmosfera de exoplanetas, observar galáxias antigas, sistemas planetários em formação e nos fornecer uma visão nova dos planetas ao nosso redor. 

Já totalmente preparado para o lançamento, ele espera pacientemente seu embarque no foguete Ariane 5, através do qual será lançado da base de Kourou, na Guiana Francesa. Apesar das grandes expectativas depositadas no observatório — e seu orçamento de 10 bilhões de dólares — o caminho para chegar até aqui foi tortuoso. Devido a problemas de gestão e muitos desafios tecnológicos, o projeto ficou conhecido por estourar seu orçamento e por seus adiamentos. Originalmente, ele deveria ter sido lançado em 2007, custando apenas um décimo do valor atual.

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Mas isso não torna seu lançamento menos importante, pelo contrário. A reportagem visual escrita por Clara Moskowitz, com imagens do fotógrafo da NASA Chris Gunn, mostra como foi o trabalho por trás das cortinas para a montagem e inspeção do observatório, nos meses de preparação para o tão esperado lançamento. 

Os testes na Câmara A do Centro Espacial Johnson, a temperaturas especiais de -173°C por 100 dias; a inspeção cuidadosa dos painéis do espelho, formado por painéis hexagonais de 1,32 metros de largura, revestidos com 3,4 gramas de ouro cada um; e o uso de enormes folhas de ouro para manter os instrumentos frios e isolados de qualquer interferência. 

Chris Gunn acompanhou (e registrou) todo este laborioso processo que promete abrir portas inéditas para a Astronomia, levando os olhos da humanidade para locais nunca atingidos. “É quase como criar meu filho, mas obviamente um pouco diferente, porque são muitos pais,” afirma ele. 

Para ver as imagens de Chris Gunn e acompanhar como foi esse extenso trabalho de preparação, leia Primeiras luzes, na edição de dezembro da Scientific American Brasil, disponível em versão digital e impressa na nossa loja. Não perca!

Publicado em 14/12/2021.

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