Número de mulheres usando Cannabis para reduzir sintomas de menopausa surpreende pesquisadores
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Aos poucos, à medida que mudam as leis que regulam o acesso e a utilização da Cannabis em diversas partes do mundo, ela passa a ser empregada para administrar diversos problemas crônicos de saúde e sintomas de humor. Um novo estudo indica que um número crescente de mulheres estão ou utilizando ou querendo utilizar a Cannabis para administrar os sintomas da menopausa. Os resultados do estudo foram apresentados durante a Reunião Virtual Anual de 2020 da Sociedade Norte Americana para a Menopausa (NAMS, em inglês), no dia 28 de setembro.
Um estudo feito no norte da Califórnia, o Midlife Women Veterans Health Survey, que envolveu 232 mulheres com idade média de 55,95 anos, mais da metade relatou sintomas como ondas de calor e suor noturno (54%), insônia (27%) e sintomas urogenitais (69%). Aproximadamente 27% dos sujeitos relataram ter utilizado ou utilizarem a Cannabis para administrar seus sintomas. Outros 10% das participantes expressaram interesse em tentar Cannabis para administrar sintomas da menopausa no futuro. Em contraste, apenas 19% reportaram utilizar a terapia hormonal, um método mais tradicional, para administrar os sintomas da menopausa.
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Segundo os relatos da pesquisa, as mulheres que recorreram à cannabis relataram, em sua maioria, ondas de calor e suor noturno. Elas não se diferenciavam por fatores como idade, etnia, status socioeconômico ou condições de saúde mental.
“Essas descobertas sugerem que o uso da Cannabis para administrar os sintomas da menopausa pode ser relativamente comum. Entretanto, nós não sabemos se esse uso da cannabis é seguro ou sequer efetivo, nem se as mulheres estão discutindo essas decisões com seus médicos”, diz Carolyn Gibson, psicóloga e autora principal do estudo, que lembra que em muitos lugares esse uso ainda é ilegal.
“Esse estudo ressalta uma tendência alarmante e a necessidade de mais pesquisas relativas aos potenciais riscos e benefícios do uso de Cannabis para a administração dos sintomas da menopausa”, diz Stephanie Faubion, diretora médica da NAMS.
Publicado em 30/09/2020