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Estudante de astronomia encontra planeta semelhante à Terra em zona habitável e mais 16 novos exoplanetas

Planeta tem quase o mesmo tamanho da Terra e está na chamada zona habitável, condições favoráveis para possibilidade de vida

Imagem mostra Marte, Terra e Netuno em comparação com os 17 planetas recém-descobertos. Em verde está o planeta rochoso na zona habitável

Ao vasculhar os dados da missão Kepler, da Nasa, uma estudante de pós-graduação em astronomia, Michelle Kunimoto, descobriu nada menos do que 17 novos planetas, incluindo um mundo potencialmente habitável do tamanho da Terra.

Durante o período original de quatro anos da missão, o satélite Kepler procurou por planetas extrasolares. Em especial, por aqueles situados nas “zonas habitáveis” de suas estrelas, onde a água poderia existir de forma líquida na superfície de um planeta rochoso.

As novas descobertas, publicadas no The Astronomical Journal, incluem um planeta particularmente raro. Oficialmente chamado KIC-7340288 b, seu tamanho é uma vez e meia o da Terra. Isso é uma indicação de que ele pode ser um mundo rochoso, e não de gás, como é o caso dos planetas gigantes do Sistema Solar. Além disso, este planeta fica na zona habitável de sua estrela.

“Este planeta está a cerca de mil anos-luz de distância, então não chegaremos lá tão cedo!” disse Kunimoto, doutoranda no departamento de física e astronomia da Universidade da Colúmbia Britânica. “Mas esta é uma descoberta realmente empolgante, pois até agora os dados do Kepler haviam revelado apenas apenas 15 planetas confirmados em zona habitável.”

O ano no planeta possui  142 dias e meio de duração, e ele fica  a 0,444 Unidades Astronômicas de distância da sua estrela, o que lhe dá uma órbita um pouco maior que a órbita de Mercúrio em nosso Sistema Solar.

Dentre os outros 16 planetas recém-descobertos, o menor possui apenas dois terços do tamanho da Terra – um dos menores planetas encontrados pelo Kepler até agora. Os demais possuem diferentes tamanhos. chegando até a oito vezes o tamanho da Terra.

Kunimoto  já havia descoberto quatro planetas extrasolares durante sua graduação na UBC. Agora, trabalhando em seu doutorado, ela usou o que é conhecido como “método de trânsito” para procurar os planetas entre as cerca de 200.000 estrelas observadas pela missão Kepler.

Toda vez que um planeta passa na frente de uma estrela, ele bloqueia uma parte da luz da estrela e causa uma diminuição temporária no brilho da estrela. Ao encontrar essas reduções de luminosidade, conhecidas como trânsitos, é possível começar a mapear informações como o tamanho do planeta e a duração da sua órbita.

Ela contou com a colaboração de um ex-aluno da UBC, Henry Ngo, para obter imagens nítidas de algumas das estrelas que hospedam os planetas que ela detectou, usando o  telescópio de 8 metros Gemini North, no Havaí.

Além dos novos planetas, Kunimoto foi capaz de fazer observações de milhares de planetas que o Kepler já detectou usando o método de trânsito, e fará uma nova análise do catálogo de  exoplanetas como um todo.

“Vamos estimar a média de planetas  para estrelas com temperaturas diferentes”, disse o supervisor de doutorado de Kunimoto e professor da UBC, Jaymie Matthews. “Um resultado particularmente importante será encontrar uma taxa de ocorrência de planetas na Zona Habitável terrestre. Quantos planetas semelhantes à Terra será que existem? Fiquem ligados.”

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