Astrônomos detectam rota ultrarrápida para viajar pelo Sistema Solar
Pesquisadores descobriram uma nova rota que permite viajar pelo Sistema Solar de forma muito mais rápida. Seguindo esses percursos, cometas e asteroides poderiam se deslocar até perto de planetas como Júpiter e Netuno em menos de uma década, e alcançar distâncias de até 100 unidades astronômicas em menos de um século. A via poderia ser utilizada para enviar espaçonaves as lugares mais distantes de nosso sistema planetário de maneira relativamente rápida, e para monitorar e estudar objetos cósmicos que possam colidir com nosso planeta.
Num estudo publicado em Science Advances, os pesquisadores analisaram a estrutura dinâmica dessas rotas. Elas formam uma série de arcos conectados dentro do que é conhecido como variedades espaciais, que se estendem desde o cinturão de asteroides até Urano e além. Essas “rodovias celestiais” recém-descobertas envolvem períodos de diversas décadas, algo bem diferente dos períodos de centenas de milhares ou milhões de anos que em geral caracterizam as dinâmicas do Sistema Solar.
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As estruturas de arco mais notáveis estão associadas a Júpiter e às intensas forças gravitacionais que ele exerce. O conjunto das famílias de cometas de Júpiter (cometas que têm períodos orbitais de 20 anos) e os pequenos corpos conhecidos como centauros são controlados por essas variedades espaciais, envolvendo escalas de tempo inéditas. Alguns desses corpos terminarão colidindo com Júpiter ou serão ejetados do Sistema Solar.
A existência dessas variedades espaciais foi revelada graças a análise de dados sobre milhões de órbitas percorridas em nosso Sistema Solar, e ao cálculo de como essas órbitas se encaixam com as rotas espaciais já conhecidas. Os resultados precisam ser mais estudados, tanto para determinar como poderia ser sua utilização por espaçonaves quanto para entender seu comportamento nas proximidades da Terra, controlando as aproximações de asteróides e meteoritos. , além da população crescente de objetos artificiais produzidos por humanos no sistema entre a Lua e a Terra.
Publicado em 15/12/2020